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5. Exames para diagnóstico genético pré-natal (DPN)

VILOSIDADES CORIÔNICAS

As vilosidades coriônicas são puncionadas entre a 10a e 11a semana de gestação. O risco de complicações séria é da ordem de 0,5 a 1,6%. A utilização das vilosidades coriônicas para diagnóstico pré-natal foi inicialmente um método largamente utilizado, pois se acreditava que pela sua realização precoce, implicava em menores conseqüências psicológicas para a pacientes quando seus resultados eram alterados, e a interrupção legal se tornaria menos agressiva. Embora o índice de sucesso seja relativamente alto, são várias as contra indicações deste tipo de exame. No caso das punções transvaginais, como se trata de uma biopsia de uma região relativamente contaminada, só podem ser realizadas após o exame de bacterioscopia vaginal da paciente. Visto que as vilosidades estão extremamente próximas a decídua materna existe o risco de imunização no sistema Rh, pois indubitavelmente, essa biópsia induz à mistura de material fetal com sangue materno, tanto na punção transvaginal quanto na transabdominal. Esta última é bastante mais segura quanto a problemas infecciosos. Outro problema é inerente ao mosaicismo placentário porque na fase de mórula pode ocorrer não disjunções que provoquem esse mosaicismo e este é encontrado facilmente a nível placentário, criando assim um resultado que não é o verdadeiro cariótipo da criança (cerca de 1,3% dos casos). Desse modo, muitas vezes é necessário a punção amniótica para confirmação do resultado.

As vilosidades são puncionadas utilizando um cateter com mandril para poder direcioná-lo, e são aspiradas em uma seringa contendo meio de cultura estéril que será posteriormente analisado no laboratório.

No laboratório, faz-se a dissecação do material, retirando toda a decídua, e a divisão celular é interrompida com colchicina de modo direto ou após a cultura dessas células, a procede-se a hipotonia e fixação do material, faz-se a desagregação celular com ácido acético e transfere-se para uma lâmina, onde são coradas e analisadas.
 


LÍQUIDO AMNIÓTICO

A amniocentese é realizada a partir da 14a semana de gestação ou precocemente antes da 14a semana que tem se desenvolvido muito nos últimos anos. O risco de complicações sérias é da ordem de 0,2 a 0,5%, bem menor que a punção de vilosidade coriônica.

A punção é sempre realizada em um bom serviço de ultra-sonografia que já analisa todos os caracteres da gestação, como movimento e morfologia fetal, implantação e translucência nucal. A punção é realizada com o auxílio de uma agulha que é inserida no abdome da gestante, atravessa a placenta e a membrana amniótica e então se aspira o volume adequado de líquido amniótico em seringas distintas. Este líquido está repleto de células de descamações fetais e no laboratório, quando colocadas em cultura, aderem em tubos e crescem, formando campos. Quando a quantidade de metáfase está suficiente interrompemos a multiplicação celular utilizando a colchicina, fazemos a retirada das células dos tubos de cultura, e após realizamos a hipotonia das células, pingamos em lâminas, que são coradas e analisadas.

O cariótipo normal de uma menina é 46,XX e de um menino é de 46,XY.
 


SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL: CORDOCENTESE

A punção do sangue do cordão umbilical, deve ser realizada com o auxílio de ultra-som em idade gestacional mais elevada, em torno de 20 semanas.

Tem como grande vantagem a obtenção de um exame citogenético em 72 horas, visto que o tratamento da cultura é igual ao sangue periférico. Um dos problemas da cordocentese é a contaminação do sangue materno, pois uma vez que as arteríolas distais do cordão umbilical, ficam em contato muito próximo com aquelas do sangue materno, trocando material para nutrição do bebê, havendo por vezes a possibilidade de punção de sangue materno. Para sanar este problema, nos fetos com cariótipo feminino faz-se na hora da punção, a coleta de líquido amniótico, com tempo de cultura mais elevado, mas com maior certeza de cultivar material fetal (quase 100%). Faz-se tambem a dosagem de hemoglobina fetal, que se estiver presente, procede-se a análise. Se ausente, lança-se o líquido amniótico e o resultado será muito mais seguro.


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